quinta-feira, 12 de novembro de 2015

comKids e o Festival Prix Jeunesse Iberoamericano

O comKids é uma iniciativa para a promoção e produção de conteúdos digitais, interativos e audiovisuais de qualidade para crianças e adolescentes, a partir de pressupostos de responsabilidade social, desenvolvimento cultural e economia criativa no Brasil, na América Latina e na Península Ibérica.
Com caráter articulador e por meio de parcerias, o comKids teve início em 2010, com a percepção de que o setor de mídia e cultura para a infância e para a adolescência precisava de uma iniciativa para mobilizar os variados atores envolvidos na produção eletrônica e cultural para o público infantojuvenil (profissionais, educadores, iniciativas em geral e público) em prol de conteúdos de qualidade.
Dentre as principais atividades do comKids está o Festival Prix Jeunesse Iberoamericano que inspirou para a missão de criar um ponto de encontro, premiar e debater a produção de qualidade para criança e adolescentes na região. Desde a primeira edição brasileira em 2009 (depois das três primeiras edições no Chile), o Festival tem a colaboração da versão internacional que acontece na Alemanha, este que, por sua vez, acontece há mais de 40 anos.

RadioActive 101


O Espaço J, da Lousã, emite mais um programa na RadioActive101! Será no dia 12 de Novembro (5ª feira), às 17h, que será emitido “Espaço J – quem somos nós?”, um programa que pretende mostrar ao mundo a realidade vivida no projeto Espaço J.
“Onde estamos, quem somos e o que fazemos foram as perguntas que serviram de mote a mais uma emissão da RadioActive deste projeto. Querem-nos conhecer? Então basta ouvir!”, é o convite dos jovens do Espaço J.
No dia 12, às 17h, basta “sintonizar” em http://pt.radioactive101.eu/no-ar/ ou, mais tarde, espreitar em http://pt.radioactive101.eu/category/podcast/.O primeiro programa do projeto da Lousã pode ser ouvido em podcast aqui e muitos outros aqui.
Sobre o RadioActive: O RadioActive procura desenvolver e implementar uma plataforma na internet, incorporando a ferramenta de Web 2.0, ligada a metodologias pedagógicas inovadoras a desenvolver junto de comunidades juvenis e seus contextos, com o objetivo de abordar assuntos de inclusão e cidadania ativa de uma forma original e estimulante.
O projeto iniciou-se em 2013 com o financiamento europeu do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da Comissão Europeia. Em dezembro de 2014 recebeu da Rede TIC e Sociedade o Prémio Inclusão e Literacia Digital, pelos seus bons resultados em Portugal, o que permitiu a expansão do projeto a 6 novos centros em 2015.
A RadioActive101 é a rádio na internet que resulta deste projeto e conta agora com 10 centros que produzem emissões. Mais informações em http://pt.radioactive101.eu/

Nosso Sistema Educacional


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

GRUPEM - Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia | PUC - Rio



Grupo de pesquisa, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação da PUC-Rio, certificado pelo CNPq e coordenado pela professora Rosália Duarte. Desenvolve estudos sobre as relações de crianças e jovens com as mídias. O Grupo de Pesquisa em Educação e Mídia foi fundado em 2000 e desde então vem realizando estudos sobre as relações que crianças, jovens e professores estabelecem com a mídia. Buscamos compreender os processos educativos que ocorrem nas relações dos espectadores/usuários com as diferentes mídias, em um sistema complexo que integra produtores, usuários, receptores, lógicas de produção, lógicas de recepção, indústria cultural, comunicação, cultura e política. Orienta as investigações que realizamos o interesse em compreender melhor o que os meios ensinam, o que se aprende com eles e como são construídos  conhecimentos e valores na interação de usuários-audiências com as mídias.
Todos os projetos desenvolvidos institucionalmente pelo GRUPEM receberam financiamento de agências de fomento (FAPERJ/CNPq e CAPES) e vinculados a estes foram desenvolvidos projetos de pesquisa individuais, com vistas à produção de teses, dissertações de mestrado e monografias de Iniciação Científica. A relação completa dos trabalhos realizados a partir dessas pesquisas, com os respectivos links para acesso ao texto integral dos mesmos, assim como para artigos publicados em periódicos podem ser encontrados no link PUBLICAÇÕES, neste portal.
Saiba mais em  GRUPEM

A não perder: Workshop "Media, Diversidade e Cidadania" | 21 de novembro

No dia 21 de novembro (sábado), na FCSH/NOVA (sala T 7), o workshop Media, Diversidade e Cidadania pretende capacitar estudantes de ciências da comunicação/jornalismo (1º, 2º e 3º ciclos) para o combate à discriminação da comunidade cigana. Este workshop gratuito tem a duração de 8 horas (9h-13h; 14h-18h) e aceita inscrições até dia 13 de novembro (máximo de 20 participantes). 
O grupo de dinamizadores do evento é composto por Sílvia Gomes (investigadora de pós-doutoramento, CICS.NOVA / Universidade do Minho), Nuno Silva (jurista, SOS Racismo) e Ana Cristina Pereira (jornalista, PÚBLICO). 
O workshop é organizado no âmbito do projeto "(In)formar para a Igualdade e Cidadania", financiado pelo Alto Comissariado para as Migrações, contando com as parcerias do Departamento de Ciências da Comunicação da FCSH/NOVA, do SOS Racismo, da Rede Europeia Anti-Pobreza, do Sindicato dos Jornalistas e do Gabinete de Imprensa de Guimarães. A ficha de inscrição está disponível aqui.
Entrada livre.


Saiba o que é o PNC - Plano Nacional de Cinema | Portugal


domingo, 8 de novembro de 2015

A literacia mediática da relação cinema-educação - Portal Ver.PT


Serão os projectos de cinema e educação capazes de capacitar crianças e jovens com habilidades sociais e competências culturais necessárias para que sejam cidadãos participativos nos ambientes mediáticos contemporâneos? Para que sejam letrados neste mundo global interconectado e multicultural?
POR RAQUEL PACHECO*


O interesse político da UE pela literacia cinematográfica, a nova Lei do Cinema e Audiovisual e a criação do Plano Nacional de Cinema (PNC) em Portugal, juntamente com a minha experiência de campo, contribuíram para identificar a necessidade de que fosse desenvolvida uma investigação mais profunda na área da literacia mediática, com o foco voltado para a área do cinema e educação, no País.

Realizei por isso uma investigação que nos permitiu saber que na primeira vez, na sua vida, que foram ao cinema, mais de 90% dos jovens portugueses que participaram nesta pesquisa viram um filme realizado nos EUA. Este dado mostra-nos que, para muitas gerações, principalmente as mais novas, o primeiro filme a que assistiram numa sala de projecção, quando eram pequenos, foi um filme comercial (na sua maioria de animação) norte-americano. Esta é a marca de um longo processo de colonização mundial e que possui sérios desdobramentos.

Dados como estes são os maiores impulsionadores das políticas públicas desenvolvidas no campo do cinema e educação na Europa. A sua identificação colabora para que os projectos de cinema e educação questionem se são capazes de capacitar crianças e jovens com habilidades sociais e competências culturais necessárias para que sejam cidadãos participativos nos ambientes mediáticos contemporâneos. Para que sejam letrados neste mundo global interconectado e multicultural.

O Plano Nacional de Cinema – PNC, implementado recentemente em Portugal, foi uma iniciativa importante para a área. Entretanto, e por outro lado, observamos um escasso diálogo entre o governo e os sujeitos envolvidos nesta temática. Muitas vezes foram tomadas medidas e decisões sem levar em consideração o cinema e educação enquanto uma área que existe há quase um século em Portugal.

A experiência leva-nos a reflectir que uma política pública que queira corresponder às necessidades e expectativas para as quais foi criado o PNC precisa ser amplamente debatida, a nível nacional, pelas pessoas que se interessam por esta temática. É necessário ouvir e dialogar com os responsáveis que trabalham nos projectos, estudiosos, organismos, instituições, professores, crianças e jovens, com a intenção de garantir a participação dos diferentes sujeitos envolvidos neste campo.

Em termos pedagógicos identificamos nos projectos de cinema e educação a necessidade de um trabalho de colaboração para o desenvolvimento de um pensamento crítico e para o fortalecimento da cultura popular. Acreditamos que esta iniciativa se pode dar através de diálogos sobre as questões que incomodam o educador e os educandos, de modo a desmistificar o que está velado e o que não está bem.

Uma metodologia adequada implementada por um educador consciente talvez possa vir a tirar destas crianças e jovens a marca deixada pelo primeiro filme de suas vidas: Made in USA. Não temos nada contra os filmes oriundos deste país, muito pelo contrário. Mas não podemos permitir que esta seja a única filmografia assistida pelas nossas crianças e jovens. Desta forma estaríamos a negligenciar a cinematografia e a cultura nacional. Mas por outro lado, temos de nos questionar sobre qual foi o último filme para crianças realizado em Portugal.

Analisando os hábitos dos jovens que participam nos projectos de cinema e educação, concluímos que apesar de todo o trabalho realizado nas aulas de cinema, os educandos não mudam os seus gostos em relação aos filmes a que assistem, e continuam a preferir assistir aos filmes comerciais realizados nos EUA. Este tipo de filme continua a ser o preferido da grande maioria destas crianças e jovens.

Os projectos de cinema e educação exibem e trabalham tecnicamente filmes a que os educandos não teriam oportunidade de assistir em outra ocasião. Os jovens educandos declararam que gostam dos projectos de cinema e educação, e sentem-se contentes por estarem a participar nas aulas de cinema. E, de um modo geral, dizem que vêem o cinema com mais atenção, com outros olhos, desde que começaram a participar nas oficinas de cinema proporcionadas por estes projectos.

A ausência de continuidade das políticas públicas, e por consequência dos projectos desenvolvidos nesta área, causa a impressão, a um observador que não conheça a sua história, de que este é um novo campo de actividade no País e que as iniciativas que são implementadas nos dias de hoje são uma grande novidade. Em parte podemos atribuir esta situação à falta de valorização da cultura nacional, principalmente por parte dos governos, que não dão continuidade às boas iniciativas e políticas públicas que são desenvolvidas neste âmbito.

Realizámos um trabalho de sistematização da história da relação entre cinema e educação e concluímos que estamos a andar em círculos, a construir, desconstruir, e a voltar a construir, sem aprendermos com as experiências vivenciadas e a pensarmos que estamos sempre a inventar a roda, sendo que esta já foi inventada há quase um século (neste caso concreto do cinema e educação).

A escassez de recursos e de reconhecimento em relação a esta área contribui para a desunião dos seus pares e o trabalho solitário, o que não propicia a troca de conhecimentos e experiências, acarretando uma constante desarticulação por parte dos envolvidos e protagonistas desta área, para além de uma competição silenciosa, que poderia e deveria ser transformada em colaboração e cooperação entre si. 

* Raquel Pacheco é doutorada em Ciências da Comunicação e autora do livro “Jovens, Media e Estereótipos. Diário de Campo Numa Escola Dita Problemática” (Livros Horizontes, 2009) e de diversos artigos científicos. Coordena e é educadora no projecto de cinema e educação Media e Literacia, colabora no projecto Dream Teens - FMH e é membro do Interdisciplinary Centre of Social Sciences (CICS-NOVA)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Nos Caminhos da Infância - Pensar em Educação com o Cinema | 6 e 7 de Novembro



O Ciclo de Cinema "Nos Caminhos da Infância" continua já na próxima sexta-feira e sábado (6 e 7 de Novembro), no CAM, Fundação Calouste Gulbenkian.

Depois de um primeiro fim-de-semana muito participado, com as sessões de projecção e mesa redonda a levantarem importantes questões sobre o cinema, a infância e a educação, esperamos poder contar com a vossa participação neste segundo fim-de-semana.

O Cinema na Escola - Para quê? 

O mote é lançado nesta segunda parte do ciclo, com filmes e conversas para reflectir sobre pedagogia e caminhos da infância e sobre a importância do cinema na escola (e na vida). Esta é também a proposta de discussão para uma mesa redonda composta por Pierre Léon, Bernard Eisenschitz, Manuela Barros Ferreira e Cláudio Torres com a participação da equipa de Os Filhos de Lumiére, da Fundação Lucinda Atalaia e da Fundação Gulbenkian.

Do painel de convidados faz também parte José Manuel Costa, que estará presente durante a tarde de sábado para dialogar sobre "Diario de um Professor" de Vittorio de Seta, com Bernard Eisenchitz e todos os presentes.

Todas as projecções conversa, assim como a mesa redonda, são acompanhadas de tradução simultânea.

O programa completo para a segunda metade do ciclo, é o seguinte:

Dia 6 de Novembro, sexta-feira

21h00 | Sessão de cinema
Путёвка в жизнь (O Caminho da Vida)
de Nikolai Ekk Rússia/1931/105’
com a presença de Pierre Léon, Manuela Barros Ferreira e Cláudio Torres
Dia 7 de Novembro, sábado

10h30-12h30 | Mesa redonda
com Pierre Léon, Bernard Eisenschitz, Manuela Barros Ferreira e Cláudio Torres

15h00 | Sessão de cinema
Diario di un Maestro I (Diário de um Professor)
de Vittorio de Seta Itália/1973/136’
com a presença de Bernard Eisenschitz e José Manuel Costa
18h30 | Sessão de cinema
Diario di un Maestro II (Diário de um Professor)
de Vittorio de Seta Itália/1973/134’
com a presença de Bernard Eisenschitz e José Manuel Costa