sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Uma rádio educativa para a cidadania: o RadioActive





O RadioActive é um projeto educativo que usa a rádio na internet como uma oportunidade para capacitar as comunidades em que é desenvolvido para abordarem assuntos de cidadania, a funcionar em Portugal desde 2013. Atualmente, a RadioActive101 – a rádio do projeto, em http://pt.radioactive101.eu – conta com a participação de 10 centros de jovens apoiados pelo Programa Escolhas.

Depois de, em 2013 e 2014, o RadioActive Europe ter sido financiado pelo programa Aprendizagem ao Longo da Vida da Comissão Europeia para a implementação em cinco países europeus (Reino Unido, Roménia, Alemanha, Malta e Portugal), em finais de 2014 o projeto foi reconhecido pelo Prémio Inclusão e Literacia Digital da Rede TIC e Sociedade, para a expansão da rede entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016. Além de formação técnica a monitores de inclusão digital, o RadioActive cede equipamento de rádio e acompanhamento das atividades por um grupo de investigadores. Promove também visitas dos grupos de jovens a meios de comunicação social, especialmente a rádios.
Na fase prévia do projeto, o enfoque foi o de promover o envolvimento, a aprendizagem informal e a empregabilidade de pessoas em risco ou em exclusão do ensino e de vida profissional ativa. Os públicos-alvo têm sido distintos: na Alemanha o RadioActive tem sido desenvolvido junto de comunidades intergeracionais; já em Portugal e no Reino Unido as populações-alvo têm sido as crianças e os jovens. Assim, em Portugal, a parceria com o Escolhas foi um passo natural, já que este programa governamental apoia, desde 2001, projetos que se destinem à inserção de crianças e jovens em contextos de vulnerabilidade, atuando para a sua capacitação educativa e cívica.

Paulo Jorge Vieira, gestor nacional do Programa Escolhas para a Inclusão Digital, enquadra o RadioActive no conjunto de projetos de educação para os media que os centros apoiados pelo Programa tem vindo a implementar desde 2004, ano em que teve início a promoção mais explícita da inclusão digital, “através da constituição de uma medida específica, face à crescente importância atribuída às novas tecnologias, prevendo-se o desenvolvimento de Centros de Inclusão Digital”. O RadioActive, como outros projetos nesta área, têm impacto sobre “o modo como os jovens percecionam o mundo digital, e consequentemente como interagem e participam na sociedade em geral, potenciando paralelemente a promoção de outras competências transversais”, refere o coordenador desta Medida no Escolhas.

A metodologia que tem sido usada por todos os envolvidos, desde a primeira fase, segue os princípios da investigação ação-participação, muito influenciada pelo trabalho do pedagogo brasileiro Paulo Freire. O projeto centra-se nas particularidades de cada comunidade em que atua, de forma a que os participantes estejam ativamente presentes nos processos de discussão, análise e produção dos conteúdos da rádio. Os temas que as crianças e os jovens têm desenvolvido são muito diversos e incluem emissões dedicadas a assuntos como Associativismo e voluntariado, Educação, Cultura, Media, Desporto, Talentos, Discriminação e Música.

Ana Jorge (FCSH/UNL) e Maria José Brites (ULP e CECS-UMinho), investigadoras do RadioActive

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Jovens, Media e Estereótipos. Diário de Campo Numa Escola Dita Problemática - livro disponível para download


Editado em 2009 pela Livros Horizonte (Lisboa), ISBN 978-972-24-1663-4, o livro Jovens, Media e Estereótipos - Diário de Campo Numa Escola Dita Problemática é de autoria de Raquel Pacheco e aborda temas como Mídia-Educação, culturas juvenis e conta como foi o dia a dia da pesquisa etnográfica realizada numa escola de Lisboa durante os seis meses do projeto de Cinema e Educação que deu origem ao projeto Media e Literacia.
O aumento nas estatísticas de situações de violência envolvendo crianças e jovens e o estigma que os leva na maioria dos casos, principalmente quando em situações de risco e abandono, a passar da posição de vitimas a vilões sociais, são os pressupostos básicos que motivaram a autora a desenvolver esta pesquisa.
O cinema foi utilizado como meio para reflexão sobre a violência, cidadania e juventude. Durante seis meses a autora encontrou-se semanalmente com um grupo de jovens em uma escola de Lisboa e ao longo destas sessões desenvolveu um trabalho com os alunos que incluiu exibição de filmes, debates, discussões, entrevistas, questionários, aulas sobre teoria e produção cinematográfica, aulas técnicas de som e câmara, realização de filme e palestras. No final do projecto os alunos puderam realizar um documento audiovisual. Este livro nos fala desta tragetória, desta “aventura”.

O lugar que os media ocupam hoje na vida quotidiana faz-se imperativo tornar a criança/aluno - não um mero receptor, passivo, desprovido de reflexão e crítica - mas um espectador activo, um explorador autónomo e um actor da comunicação mediática. 

PDF disponível em Livro Jovens, Media e Estereótipos (2009)

domingo, 25 de outubro de 2015

Literacia Audiovisual: políticas públicas e a sistematização de um novo/antigo campo em Portugal




Comunicação apresentada no 3º Congresso de Literacia, Media e Cidadania | Lisboa, 2015
Literacia Audiovisual: políticas públicas e a sistematização de um novo/antigo campo em Portugal
Raquel Pacheco
UNL/FCSH; CICS, Universidade Nova de Lisboa; UFF; FCT 
Palavras-chave: literacia audiovisual; cinema; educação audiovisual; crianças e jovens.
Resumo:
“As aulas de cinema são muito proveitosas, não digo excepcionalmente necessárias, mas sempre é bom saber um pouco mais sobre o mundo que vivemos para não passarmos por ignorantes.” (Bárbara, 15 anos)
Esta proposta de comunicação baseia-se em uma investigação sobre a relação entre crianças e jovens e a educação audiovisual em diferentes contextos socioculturais portugueses, o trabalho apresenta algumas reflexões sobre o nível de literacia fílmica gerada a partir de projetos de educação audiovisual desenvolvidos em territórios nacionais.
Em 2012 um consórcio liderado pela BFI (British Film Institute) fez um levantamento do nível e da oferta de literacia fílmica nos países da União Europeia, este trabalho foi financiado pela Comissão Europeia que acredita que literacia seja uma combinação entre leitura e escrita e que define: “Literacia fílmica é o nível de compreensão de um filme, é a habilidade de ser consciente e curioso na escolha dos filmes (…)”
Portugal é um dos países que participaram deste levantamento e por sua vez criou uma nova Lei para o Cinema e Audiovisual e lançou um Plano Nacional de Cinema.
Através de uma fundamentação teórica tendo como base conceitos e estudos realizados sobre a educação para os media, literacia fílmica, e, de um trabalho de campo acompanhando diferentes projetos de educação audiovisual conseguimos perceber sobre a necessidade de sistematização deste antigo/novo campo que é a educação audiovisual.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Encontro Nacional de Educação para os Media 21/11/2015 - Albergaria (Portugal)

Numa iniciativa da Direção-Geral da Educação, coordenada pela Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas em parceria com o Centro de Competência TIC da Universidade de Aveiro, terá lugar no dia 21 de novembro de 2015, o Encontro Nacional de Educação para os Media (IV Encontro Nacional de Rádios e TV’s Escolares e II Encontro Nacional de Jornais Escolares).
Saiba mais aqui

Nos Caminhos da Infância │ Cinema e Educação │ 30, 31 outubro │ 6, 7 novembro │ Fundação Calouste Gulbenkian



Um programa com filmes de Bill Douglas, Abbas Kiarostami, Jean Vigo, Pedro Costa, Nikolai Ekk e Vittorio de Setta vai reunir na Fundação Calouste Gulbenkian autores, cineastas e pedagogos sob o mote “Pensar em Educação com o Cinema”. 
Nos Caminhos da Infância trará à Sala Polivalente do CAM filmes que tocam “a infância, o imaginário e as questões que cada realizador levanta sobre o que é crescer e aprender a viver o mundo”, afirmam Teresa Garcia e Pierre-Marie Goulet, da Associação Os Filhos de Lumière, responsáveis pela programação deste ciclo de dois fins de semana. 
A projeção dos filmes tem início dia 30 de outubro, às 21h, com uma sessão que junta A Experiência (Irão, 1973), de Abbas Kiarostami, e Zero em Comportamento (França, 1933), de Jean Vigo. 
Esta primeira sessão será apresentada pelo cineasta e crítico francês Alain Bergala, a pedopsiquiatra Maria Luís Borges de Castro e José Manuel Costa, diretor da Cinemateca Portuguesa, parceira na organização desta programação, que é uma iniciativa do Programa Gulbenkian Qualificação das Novas Gerações. 
O ciclo prossegue no dia 31 de outubro, com sessões dedicadas à trilogia de filmes de Bill Douglas realizada na década de 70, com base nas memórias da infância do realizador, passada na vila de Newcraighall, Escócia. O programa que inclui os filmes My Childhood, My Ain Folk e My Way Home é completado com a exibição da curta-metragem Tarrafal, de Pedro Costa, realizada por encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito das comemorações do seu cinquentenário e que integrou o filme “O Estado do Mundo”.
 
Nos Caminhos da Infância terá mais sessões a 6 e 7 de novembro, com obras de Nikolai Ekk e Vittorio de Setta. Nessa ocasião será exibido O Caminho da Vida (1931), primeiro filme sonoro feito na ex-URSS, e Diario di un Maestro (1973), de Vittorio de Seta. 
Nos debates e apresentações dos filmes participam ainda Pedro Costa, Pierre Léon, Marcos Uzal, Bernard Eisenschitz, Cláudio Torres e Manuela Barros Ferreira.


 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

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Foto de Projeto Media e Literacia.
Projeto Media e Literacia
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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A TV que a Criança Vê - Entrevista Canal Saúde


Antes mesmo de aprender a falar nossas crianças já estão a assistir TV. A TV é a babá eletrônica dos dias de hoje. Quais são as vantagens e desvantagens desta tendência?
Investigadora acredita que os pais precisam seguir mais suas intuições, valorizar suas experiências e culturas.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

In Eco - vídeo sobre meio ambiente produzido pelos alunos do 9º ano do Colégio da Bafureira


Filme realizado pelos alunos do 9º ano do Colégio da Bafureira, turma de 2009, através da participação na oficina de Cinema e Educação do projeto Media e Literacia, uma parceria com a Mapa das Ideias e sob a coordenação técnica de Duda Amaro.
Disponível em: http://formaraimagem.blogspot.pt/2009/04/colegio-da-bafureira-in-eco.html